Os indígenas no Brasil representam hoje 0,47% da população. De acordo com os últimos dados do IBGE (2010), há 896.917 indígenas no país, sendo que a estimativa é que 324.834 moram nas cidades e 572.083, em áreas rurais. Cerca de 60% vivem em terras indígenas oficialmente reconhecidas pelo governo federal. O Norte do Brasil é onde está o maior número de indígenas.
São 305 grupos étnicos no Brasil. Dentre eles, há dois troncos principais:
Macro-Jê: que incluem os grupos Boróro, Guató, Jê, Karajá, Krenák, Maxakali, Ofayé, Rikbaktsa e Yatê.
Tupi: onde estão os Arikém, Awetí, Jurúna, Mawé, Mondé, Mundurukú, Puroborá, Ramaráma, Tuparí e Tupi-Guarani.
Segundo o censo do IBGE, existem 274 línguas indígenas no Brasil. Muitas delas surgiram dos troncos linguísticos tupi e macro-jê.
O Àwúre Indígena está presente em 5 estados brasileiros: Acre, Pará, Rondônia, Tocantins e Amapá, atendendo mais de cinco mil indígenas. Os estudos feitos englobam temas relacionados à saúde, educação, assistência, geração de trabalho emprego e renda, modos de produção e consumo, prevendo, ainda, realização de estudos para a compreensão da religiosidade, história, tradição e cultura ancestrais destes povos originários, para contribuir com o rompimento dos estigmas e preconceitos que os envolvem, além de capacitação em Direitos Humanos e qualificação e capacitação profissional, conforme demandas desses povos, respeitando sempre suas vontades, peculiaridades e especificidades locais e regionais.
PROJETO SOBERANIA ALIMENTAR – RO
Projeto em parceria com a Associação GAP EY. Atende na Aldeia Gãpgir, na terra indígena Sete de Setembro, em Cacoal- RO, cerca de 70 pessoas de 15 famílias. O principal objetivo é o aumento na produtividade dos produtos das cadeias de produção já praticadas na aldeia (mel orgânico, castanha, criação de galinhas de corte e poedeiras, café, banana, batata doce, cará,), além da gestão e comercialização para inserção dos produtos nas compras institucionais e nos mercados de produtos orgânicos, no âmbito da economia solidária. Com isso, será possível promover alternativas de geração de renda para a comunidade.
FORTALECENDO A ROÇA SEM INDUSTRIALIZADO – RO
Projeto em parceria com a Associação Indígena Wãipa. Atende 137 pessoas de 36 famílias das aldeias Terra Indígena Rio Branco, aldeia Jatobá, Bom Sossego, Colorado, Porção e Palhal, em Alta Floresta do Oeste- RO. Além da distribuição de cestas básicas com alimentos agroecológicos para uma alimentação saudável durante a pandemia, o projeto tem como principal objetivo que todas as famílias das 06 aldeias recebam equipamentos para manutenção, cultivo e colheita dos alimentos cultivados através dos métodos de roça tradicional.
SHANEKAYA-AC
(Aldeia Shanekaya, Terra Katukina Kaxinawa, município de Feijó- AC)
Entre as árvores de uma floresta secundária na Amazônia brasileira, surgiu uma nova comunidade, a Shanekaya, que na língua do tronco linguístico Pano significa povo verdadeiro.
Em 2014, as mulheres da etnia Shanenawa decidiram deixar a antiga aldeia que moravam, a Morada Nova, distante sete quilômetros da atual, motivadas pela insatisfação com a maneira como a vida em comunidade era administrada. Para elas, faltava espaço para plantar, a espiritualidade havia se perdido pelo caminho, a língua nativa quase não era mais usada e a comida tradicional fora substituída pela industrializada. A busca era por uma vida harmoniosa em contato com a floresta.
Hoje, a Shanekaya é conhecida por ser uma aldeia essencialmente feminina. Mais de 80% das pessoas da comunidade são mulheres. Elas se destacam não só por ser maioria, mas também porque assumem os papéis de liderança. São professoras, produtoras rurais, representantes das comunidades, articuladoras políticas, líderes e líderes espirituais.
O Àwúre Indígena chegou à aldeia Shanekaya durante a pandemia da Covid-19. As 22 famílias da aldeia, cerca de 100 pessoas, conseguiam gerar renda através da produção de artesanato. Com a chegada da pandemia, a aldeia foi fechada para diminuir os riscos e os(as) moradores(as) se viram sem a principal fonte de renda. O Àwúre buscou criar uma articulação de compra de produtos agroecológicos, possibilitando ao povo da aldeia Shanekaya o acesso a esses alimentos e, ao mesmo tempo, procurou fortalecer a economia local do pequeno comércio da região do município de Feijó.
RESPOSTA À COVID 19/ MARABÁ -PA
Projeto em parceria com a ADRA(Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) e CIMI (Conselho Indigenista Missionário). Foram distribuídas cestas básicas, kits de higiene – doados pela Colgate- e máscaras -doadas pela Malwee. Na ação com a COORDINFÂNCIA e PTM Marabá foram beneficiadas 473 famílias de 70 povos indígenas. Nos municípios de São Geraldo do Araguaia, Brejo Grande do Araguaia e São Domingos do Araguaia foram beneficiadas 156 famílias de 7 aldeias e 1843 pessoas das etnias Atikun, Guajajara, Guarani, Surui Aikewara, Amanayé, Anambé e Asurini do Trokara. Para os Kayapós do sul foram entregues também ferramentas para atividade agrícola.
RESPOSTA À COVID-19/ MARABÁ, BELÉM E TUCURUÍ – PA
Projeto em parceria com a ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) e CIMI (Conselho Indigenista Missionário). O objetivo é limitar a transmissão da Covid-19 de pessoa a pessoa e proteger indivíduos da exposição, através da distribuição de kits de higiene, cestas básicas e folhetos sobre saúde e nutrição. 626 famílias – 2.318 pessoas- de 21 aldeias, com 09 povos indígenas – Atikum, Guajajara, Gurani, Surui, Aikewara, Amanayé, Ananbé, Asurini e Tembé – foram beneficiadas.
RESPOSTA À COVID-19 PARA OS WARAO- PA
Projeto em parceria com a ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) e CIMI (Conselho Indigenista Missionário). O objetivo é limitar a transmissão da Covid-19 de pessoa a pessoa e proteger indivíduos da exposição, através da distribuição de kits de higiene e cestas básicas. 35 famílias de indígenas venezuelanos Warao que se encontram em Marabá-PA foram beneficiadas.
RESPOSTA À COVID-19 INDÍGENA –TO
Projeto em parceria com o Senai local que tem como objetivo limitar a transmissão da Covid-19 de pessoa a pessoa e proteger indivíduos da exposição, através da distribuição de kits de higiene e cestas básicas. 290 famílias da tribo indígenas Krahô-Kanela ( 40 famílias) e nas aldeias Santa Isabel, Fontoura, JK, Worebia, Uiwa, Werreria do povo Ini Karajá (250 famílias) foram beneficiadas.
RESPOSTA À COVID-19 – AP
O projeto, com o apoio do Amapá Solidário, da Central Única de Favelas(CUFA) e da Funai, distribuiu cestas-básicas e kits de higiene para 10.475 famílias da população indígena, quilombola, ribeirinhos e de comunidades periféricas do Amapá, buscando diminuir os efeitos da pandemia da Covid-19 e aumentar a proteção dessa população. Dentro do projeto, foi destinada verba também para adquirir equipamentos usados em laboratórios de pesquisa sobre a Covid-19.