O evento acadêmico, que começou dia 25 e vai até dia 28 de setembro, acontece no campus de Goiânia do IFG e aborda o tema “NUNCA MAIS UM BRASIL SEM NÓS: Populações indígenas em diálogo com a escrita e o Ensino de História”. A conferência de abertura destacou a importância do ensino de história indígena na formação educacional, sob o tema “Povos Indígenas no Brasil: O que a escola tem a ver com isso?”, e ficou por conta do professor e Dr. Edson Kayapó, um dos colaboradores do projeto Àwúre e ativista do movimento indígena e ambientalista. Edson pertence ao povo Mebengokré, do estado do Amapá/AP, é graduado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais, com pós-graduação lato sensu (especialização) em História e Historiografia da Amazônia, pela Universidade Federal do Amapá, é também Doutor pelo EHPS/PUC-SP e Mestre em História Social pela mesma instituição.
Na divulgação do evento, o laboratório de História do IFG pontua que o ensino acerca da temática indígena é essencial nas escolas: “se um dos objetivos do ensino de História é participar da construção da consciência histórica dos sujeitos e sujeitas, colaborando com a forma como eles/elas se orientam no tempo e se posicionam perante as indagações que o tempo presente coloca, é fundamental que este ensino esteja atento à importância da temática indígena em sala de aula”.
O debate proposto durante o evento aborda ainda os avanços e desafios do ensino da história indígena nos 10 anos desde a promulgação da Lei 11.645/2008 que, ao ampliar a Lei 11.639/2003, incluiu a obrigatoriedade do ensino de História e cultura indígenas na da disciplina no Brasil.
O Projeto Àwúre é uma ação do Grupo de Trabalho do Ministério Público do Trabalho “Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas” executado em parceria estratégica com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). As ações do Projeto Àwúre são custeadas com valores de condenações em indenizações por dano moral coletivo em ações civis públicas promovidas pelo Ministério Público do Trabalho.