Nesta sexta-feira (19), encerram as inscrições do edital Caminhos Amefricanos: Programa de Intercâmbios Sul-Sul Moçambique, na Universidade Pedagógica de Maputo. O programa é uma das iniciativas construídas pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR) em parceria com Ministério da Educação (MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Instituído pela Portaria Interministerial nº 233, de 31 de julho de 2023, tem como objetivo combater o racismo e promover a igualdade racial no Brasil, por intermédio de intercâmbios de curta duração no exterior, particularmente, em países africanos, latino-americanos e caribenhos.
O Caminhos Amefricanos também assume o compromisso de fortalecer a formação inicial e continuada de docentes com enfoque na educação das relações étnico-raciais, em diálogo com a Lei nº 10.639/2023. O diretor de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva, destaca essa articulação do programa, para ele “o Caminhos Amefricanos é uma oportunidade de trocas de experiência em políticas públicas, em educação e também em empreendedorismo para essa juventude que está fazendo o curso de licenciatura. É um programa que tem a função de incentivar a aplicação da Lei 10.639, que determina o ensino de cultura afro-brasileira e africana nas escolas, por meio da vivência daquelas pessoas que no futuro serão docentes”.
O edital oferece 50 vagas destinadas para estudantes de licenciatura pretos/as, pardos/as ou quilombolas para realizarem intercâmbio em Maputo/Moçambique durante 15 dias. Além se autodeclararem pretos, pardos ou quilombolas, para concorrer as bolsas os estudantes devem estar regularmente matriculados a partir do 5º semestre dos cursos de licenciaturas de Instituições de Ensino Superior – IES públicas.
Essa oportunidade possibilita um conjunto de trocas culturais e de socialização de conhecimentos entre docentes e discentes de diferentes países para a promoção da igualdade racial. “O programa tem um duplo sentido, propiciar uma experiência de intercâmbio de curta duração e garantir, que por meio da vivência, eles serão profissionais que estarão mais atentos a necessidade de se avançar na aplicação da Lei Nº 10.639/2023 no Brasil”, finaliza o diretor de Combate e Superação ao Racismo, Yuri Silva.
As inscrições podem ser feitas pelo portal da Capes.