No Brasil, as mulheres negras ainda são minoria em cargos de chefia em empresas, postos no Judiciário e na política. Os motivos são muitos e alguns aparecem em pesquisas e dados da população brasileira. Segundo dados da Síntese dos Indicadores Sociais, pesquisa do IBGE, 7,8 milhões de brasileiros vivem em lares chefiados por mulheres negras e 3,6 milhões em casas chefiadas por mulheres brancas. 63% das famílias chefiadas por mulheres negras sem cônjuges e com filhos de até 14 anos no Brasil vivem abaixo da linha da pobreza. São famílias que sobrevivem com R$ 420,00 por mês. Já o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a cada 1% a mais na taxa de desemprego, as mulheres negras sofrem, em média, aumento de 1,5%.
As mulheres negras também são as principais vítimas de feminicídio. De acordo com o Monitor da Violência (uma parceria entre o G1, o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública), o índice de feminicídios cresceu 2% em 2020 em relação ao ano anterior, muito em função da pandemia, que aproximou ainda mais as vítimas de seus agressores. Desse total de vítimas, 73% das vítimas eram mulheres negras.
No dia 25 de julho é celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha. A data, reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), foi inspirada em um encontro realizado em 1992 na cidade de Santo Domingo, na República Dominicana, quando mulheres de 32 países da América Latinha e do Caribe se reuniram para debater soluções contra o racismo e a violência de gênero.
O Dia Internacional da Mulher Negra, Latino Americana e Caribenha serve também de inspiração para a próxima Live do “Diálogos Àwúre: “Mulheres Negras, Oportunidades e Desafios” que irá trazer exemplos de superação e sucesso e questões voltadas para mulheres negras.
A live acontece através do Canal Àwuré, no Youtube, no dia 27 de julho, às 18h.
O Canal faz parte do Àwúre, projeto do Ministério Público do Trabalho (MPT), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas Para a Infância(UNICEF) que busca promover o diálogo, diversidade, pluralismo, o respeito às identidades, a tolerância, o princípio participativo e democrático, a cooperação, promoção e valorização das condições de vida e trabalho dos povos, clãs e famílias dos povos originários (Indígenas), das comunidades tradicionais (quilombolas de terreiros de religiões de matriz africana e ribeirinhas) e comunidades periféricas.
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