Desigualdades sociais ceifam o futuro das infâncias negras, afetadas pelos maiores índices de vulnerabilidades.⠀
São crianças e jovens negros os mais atingidos por violências sistêmicas como situação de rua, trabalho infantil e mortes violentas nas periferias brasileiras.
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Dados do IBGE sobre trabalho infantil no Brasil mostram que as crianças negras representam 62,7% da mão de obra precoce no país, e em casos domésticos, 73,5%, sendo mais de 94% meninas. Outro dado alarmante é o racismo institucional que naturaliza a letalidade policial. No Brasil, todos os dias, 32 crianças e adolescentes morrem assassinados e, em São Paulo, entre 2014 e 2018, a Polícia foi a principal responsável por mortes violentas de menores de 19 anos na capital paulista, segundo estudo do Unicef.
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Crianças e adolescentes em condição de pobreza ou baixa renda, estão mais suscetíveis aos riscos desestruturantes de uma infância interrompida, por isso o Estatuto da Igualdade Racial assegura a promoção de ações com o objetivo de elevar a escolaridade e a qualificação profissional nos setores da economia que contem com alto índice de ocupação por trabalhadores negros de baixa escolarização.
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Só com efetivo fomento à igualdade é possível construir a plenitude para todas as crianças. Combater o racismo no país é lutar por infâncias livres e plurais.
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