A 13ª edição da FLUP (Festa Literária das Periferias) acontece no Rio de Janeiro do dia 12 ao dia 22 de outubro de 2023 e é uma realização do Grupo Pensar, Ministério da Cultura e Prefeitura da cidade. O evento brasileiro é internacional já que vai contar com a presença de poetas dos cinco continentes para disputar o Campeonato Mundial de Poetry Slam, além de reunir em mesas de debates Conceição Evaristo, Nêgo Bispo, Emicida, Leda Maria Martins, MV Bill e Marcelo D2, entre outras personalidades referenciais para a cultura periférica.
O Morro da Providência –encruzilhada onde nasceu o samba, a favela, Machado de Assis, a literatura, a poética e a cultura diaspórica afro-brasileira –, vai se tornar a “Favela da Poesia” durante os 9 dias de programação gratuita, que vão se dividir entre a Vila Olímpica da Gamboa, o Galpão da Ação da Cidadania e a Garagem Viação Reginas.
Os grandes homenageados da edição são Machado de Assis e a Mãe Beata de Iemanjá. Na programação, destacam-se ainda a Feira Crespa Tia Ciata, de moda e artesanato, a Arena Machado é Cria, com o palco principal de slam, além da Feira Flup de Livros Mãe Beata de Iemanjá. Os shows de artistas como Lecy Brandão, MV Bill e Teresa Cristina, prometem embalar os participantes do evento no Palco Canudos.
A FLUP é uma iniciativa multipremiada no Brasil e no mundo, reconhecida por impulsionar ações de promoção e formação literária, que incentivam a cultura em territórios tradicionalmente excluídos, valorizando sobretudo a cultura afrobrasileira e oriunda das favelas. Promovendo, assim, o destaque e o espaço para produção, troca, construção e reconhecimento de pessoas negras, indígenas, quilombolas, trans, nortistas, nordestinas e periféricas. Objetivo que é simbiótico com o que propõe o Projeto Àwúre.
Nessa edição, dois integrantes do projeto Àwúre participam de debates que ocorrem em ciclos da FLUP: Professor Edson Kayapó, participou da mesa “Museus de contra-anti-coloniais” no ciclo “Periferias Globais” no dia 13/10 (https://www.flup.net.br/flup23/periferias-globais) e a Procuradora do Trabalho Dra. Elisiane Santos, mediou a mesa “O impacto das cotas no feminismo negro” no dia 15/10 no ciclo “O Brasil das cotas e o pioneirismo da UERJ” (https://www.flup.net.br/uerj).
Confira a programação completa.
O Projeto Àwúre é uma ação do Grupo de Trabalho do Ministério Público do Trabalho “Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas” executado em parceria estratégica com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). As ações do Projeto Àwúre são custeadas com valores de condenações em indenizações por dano moral coletivo em ações civis públicas promovidas pelo Ministério Público do Trabalho.