Continuando a série de homenagens do Àwúre, projeto de iniciativa do @mptrabalho, @oit_brasil e @unicefbrasil, em comemoração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, conheça a história de mais uma mulher negra que lutou para a construção de uma sociedade mais justa para todas nós: Xica Manicongo.
Em 1591 a santa inquisição perseguiu Xica Manicongo, primeira travesti escravizada que consta nos registros do santo ofício no século XVI (16). Nesses registros encontra-se a confusão que ela causava naqueles que a viam com vestes femininas.
Xica tinha uma grande resistência em se vestir com roupas masculinas, pois isso ia contra as tradições e assumia sua identidade feminina.
Vinda para o Brasil como sujeito escravizado, ela passou por uma anulação social da sua identidade e viveu em Salvador desafiando muitas normas de sua época. Foi trabalhando como sapateira que ela se tornou uma figura imponente por toda Cidade Baixa. Xica é símbolo de resistência e luta para comunidade LGBTQIA+.