Recentemente, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que, pela primeira vez desde 1872, o número de pessoas que se autodeclaram pardas no Brasil superou o de brancas. Em 2022, época em que o Censo foi realizado, 92,1 milhões de pessoas se reconheciam como pardas.
A construção tardia da consciência racial entre brasileiros é uma das consequências de uma sociedade que sempre privilegiou pessoas brancas. Inclusive, especialistas apontam que o aumento de pessoas autodeclaradas pardas se dá com o aumento do debate levantado por leis para educação, como ações afirmativas e cotas raciais.
Diante desse cenário, o Lunetas conversou com educadores, psicólogos e famílias para saber como promover a construção de uma identidade racial positiva na infância.
Deh Bastos, publicitária e autora do projeto “Criando crianças pretas”, aponta que para ensinar uma criança a ter referências positivas com corpos pretos, o principal é ser uma família que se relaciona afetivamente com pessoas pretas, que consome intelectualidade preta. “É preciso dar referências para que as crianças não associem a imagem de pessoas pretas apenas como subservientes.”
Embora a família tenha um impacto muito grande na construção da identidade racial da criança, é importante lembrar que existem outros espaços de convivência envolvidos. Muitas vezes, o primeiro contato da criança com a questão racial e com o racismo coincide com o começo da vida escolar. Nesse sentido, vale lembrar que a Lei 10.639/03 tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas.
Para saber mais sobre o assunto, clica e arrasta para o lado.
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Fonte: https://www.linkedin.com/posts/instituto-alana_identidade-racial-activity-7168341543848812544-JFWc/?utm_source=share&utm_medium=member_ios