28 de janeiro é o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil, a data foi criada no ano de 2009 após três auditores fiscais do trabalho e um motorista terem sido assassinados em uma inspeção para apurar denúncias de trabalho análogo à escravidão em fazendas da região de Unaí, Minas Gerais – o que ficou conhecido como “A chacina de Unaí”.
O trabalho em condições análogas à escravidão é uma realidade mais presente do que podemos imaginar. Só ano passado (2021), de acordo com dados da subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), de janeiro a setembro, ações de fiscalização resgataram 1.015 pessoas em situação de trabalho escravo contemporâneo, os números desses 9 meses superam o total de 2020, que foi de 936 pessoasresgatadas.
Diante desses números que chamam a atenção, o Àwúre, iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), realizará o minicurso: ‘Atuação do MPT na Prevenção e Enfrentamento ao Trabalho Escravo’.
A Plataforma de Ensino a distância ÀWÚRE EDUCA oferecerá o minicurso, com aulas ao vivo nos dias 28 de janeiro de 2022 e dias 01,02 e 03 de fevereiro 2022, sempre às 19h no formato webinar. Os encontros têm como principal objetivo oferecer aos estudantes e sociedade civil uma reflexão sobre a garantia dos direitos humanos e o papel fundamental do Ministério Público do Trabalho na prevenção e enfrentamento do trabalho escravo.

A procuradora do Trabalho do MPT do Distrito Federal, Lys Sobral, que planejou a programação do curso, fala sobre o conteúdo. “O curso é voltado para qualquer pessoa que tenha interesse na área de atuação contra o trabalho escravo, mas também outras áreas afins e correlatas, conexas como, por exemplo, com relação à prevenção trabalho escravo para quem lida com a questão das terras quilombolas, dos povos indígenas, comunidades tradicionais e povos originários. Então, o curso tem a finalidade de esclarecer, o que pode ser feito para prevenção do trabalho escravo contemporâneo com relação a assistência às vítimas, a quem já foi explorado, que passou por essa situação e também explicar o que o Ministério Público do Trabalho pode fazer com relação a essas medidas e o que já tem sido feito. E ainda, quais são as atribuições do MPT e o que ainda pode ser feito daqui pra frente”.

A coordenadora da Plataforma EAD ÀWÚRE EDUCA, Raquel Dias, comenta sobre a importância da Plataforma, já que no presencial seria mais difícil atingir um público maior de diferentes Estados.
“A plataforma ÀWÚRE EDUCA tem sido uma ferramenta de articulação social em torno das produções educacionais, pois tem movimentado grandes especialistas para que compartilhem suas expertises, lutas, conhecimentos,produzindo um conteúdo que valoriza os direitos humanos na busca de uma educação antirracista. Temos avaliado possibilidades de as aulas chegarem também por meio de rádios comunitárias e em formatos que podem ser acessados pelos aplicativos de conversa, como WhatsApp. Tudo com o intuito de chegar nos mais longínquos espaços sociais, diversificado também a oferta de capacitações para atingir cada vez um leque maior de profissionais em busca de um educar para as relações. Nós que construímos a plataforma ÀWÚRE EDUCA temos certeza que é fundamental para a luta em prol dos direitos humanos uma população com acesso à informação de qualidade e tentamos promover esse conteúdo, acreditando que a educação a distância pode democratizar e fortalecer a população”.
A Plataforma EAD ÀWÚRE EDUCA foi feita para todos que buscam construir uma estratégia de desenvolvimento humano que passe pela Educação para as relações étnico-raciais. A ferramenta conta com cursos completos com videoaulas, textos complementares e exercícios, com certificação e é totalmente gratuita. Clique aqui e acesse o site para conhecer os diversos cursos oferecidos.