O UNOPS, organismo da ONU especializado em gestão de projetos, vem apoiando o Ministério Público do Trabalho (MPT) em ações de promoção da inclusão digital no Pará.
A parceria apoiou, neste mês de junho, a aquisição de 24 computadores com monitores e periféricos para uma escola localizada em Alter do Chão, no Pará. Com os novos equipamentos, estudantes, funcionários e pessoas que moram na comunidade poderão participar de aulas, cursos e capacitações, entre outras atividades.
A iniciativa ocorreu no âmbito do Projeto Àwúre, que une MPT e agências da ONU para promoção do respeito pela identidade, diversidade e pluralismo de grupos tradicionalmente em situação de vulnerabilidade.
O Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) está apoiando o Ministério Público do Trabalho (MPT) na promoção de ações de inclusão digital para populações ribeirinhas no Pará.
O organismo da ONU, especializado em gestão de projetos, realizou a aquisição e entrega de equipamentos de informática para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Antônio de Sousa Pedroso, localizada em Alter do Chão, um dos distritos do município de Santarém, situado às margens do Rio Tapajós.
Os novos equipamentos beneficiarão alunos e funcionários da escola, além de pessoas que moram na vila. “A informática é um sonho antigo da comunidade escolar, que sempre lutou para obter computadores para atender à alta demanda de jovens interessados em ingressar no mercado de trabalho e de crianças que necessitam se inserir no mundo digital”, afirma o professor Geremias Souza Santos, coordenador do Núcleo Tecnológico do município de Santarém.
A escola atende turmas da pré-escola ao 9º ano e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Ao todo, foram entregues 24 computadores com periféricos e monitores, 24 fones de ouvido, 24 webcams, 12 filtros de linha, 2 impressoras, 24 adaptadores de wifi e um 1 projetor LCD. A unidade também é um ponto central para várias comunidades da região, incluindo Curucurui, Caranazal e Alter do Chão, e frequentemente sedia eventos comunitários.
A aquisição dos equipamentos ocorreu no âmbito do Projeto Àwúre, uma iniciativa do MPT, em parceria com o UNOPS, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS). O projeto visa promover o respeito pela identidade, diversidade e pluralismo de comunidades tradicionais, como povos indígenas, negros, quilombolas, ribeirinhos e praticantes de religiões de matriz africana, combatendo a discriminação, a intolerância, a violência e o racismo.
“A entrega desses equipamentos representa um avanço significativo na inclusão digital e na capacitação profissional de adolescentes e jovens das comunidades ribeirinhas de Alter do Chão, em Santarém”, destaca a procuradora Tatiana Amormino, coordenadora Nacional do Subgrupo Comunidades Tradicionais Ribeirinhas do Grupo de Trabalho Povos Originários, Comunidades Tradicionais e Periféricas do MPT.
“Essa iniciativa permitirá que essas comunidades tenham acesso a ferramentas essenciais para o aprendizado e desenvolvimento de habilidades fundamentais para a inserção no mercado de trabalho. Além disso, a implantação desses recursos ajudará a combater o trabalho infantil e a prevenir riscos sociais, proporcionando um ambiente mais seguro e produtivo para a juventude local”.
A reversão dos recursos para a aquisição dos equipamentos foi uma iniciativa do Subgrupo Comunidades Tradicionais Ribeirinhas. “Ações como essa fazem parte das medidas afirmativas e de reparação histórica fomentadas pelo MPT para fortalecer os direitos e a qualidade de vida de povos originários e comunidades tradicionais”, explica Tatiana.
“O UNOPS vem apoiando o MPT em ações de promoção dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, com atividades em vários pontos do território brasileiro. Com essa iniciativa, conseguimos trazer os insumos necessários para que essas comunidades tenham acesso a capacitações, conhecimentos e uma série de coisas que ajudam a melhorar as perspectivas profissionais”, comenta Cecília Abdo, gerente adjunta do projeto com o MPT no UNOPS.